10 de setembro de 2008

As aventuras de Yoko (parte 2)

[por Caio Faria]

Apostando todas as suas fichas e gastando o pneu de seu Porsche Sport, Yoko se desloca para a clínica onde Henrique Hernadez trabalha. Uma fachada fenomenal não a intimidou, ela sabia que estava entrando em território inimigo e deveria ser discreta já que sua intenção era “roubar” o massagista e convencê-lo a trabalhar em sua clínica.

Yoko adentra o estabelecimento, como sempre linda e fina, e com seu objetivo traçado. Ela decidiu que queria aquele massagista trabalhando em sua clínica. Seu cabelo liso até um pouco abaixo do ombro, loiro, e seu Gucci levemente avermelhado chamaram a atenção de todos que estavam na sala de espera. Yoko se dirige à recepcionista, e com palavras educadas, porém firmes, ela diz que gostaria de ser atendida por Henrique Hernandez. A recepcionista lhe diz que as sessões de massagem com Henrique são as mais cogitadas e devem sempre ser marcadas com duas semanas de antecedência. Yoko então pega seu LG Prada e liga para seu amigo Vicenzo Costa, com o qual teve um affair há alguns anos e hoje ocupa uma cadeira no Senado nacional. Em menos de 15 minutos a recepcionista chama Yoko e lhe diz que ela será atendida por Henrique Hernandez. Yoko, por sua vez não ficou surpresa: ela sabia que Vicenzo faria qualquer coisa por ela. Ainda sim, ficou a imaginar o que ele teria dito ou prometido para a recepcionista para que ela fosse atendida pelo cogitado massagista sem mesmo ter marcado hora.

Antes da massagem, Yoko passa por uma demorada sessão de esfoliamento com algas marinhas. Ela não estava ansiosa pela massagem, queria apenas fazer uma proposta de negócio para Henrique e sair daquele lugar o mais rápido possível. O motivo da pressa era que Yoko ainda não tinha comprado seu vestido para o grande baile da cidade, para o qual somente a realeza era convidada (e é claro que Yoko havia sido convidada). Com todas essas preocupações, ela provavelmente nem repararia na aparência que Henrique Hernandez, ainda mais que ultimamente não tinha cabeça para relacionamentos.

[Continua...]

Nenhum comentário: