Eu me vejo em seu rosto. Eu estou sem roupas sobre sua cama. A foice cruel nos observa pela janela. Você me possui, a configuração esperada é modificada. O que se consuma aqui é o que nos consome lá fora. Há vida além de todas as inverdades. Há esperança?
Era uma vez, crianças que nasceram com um poder de reconfigurar a ordem ditada. Elas poderiam amar mais que todas as legiões doutrinadas. Elas eram capazes de uma percepção maior. Elas brincam, elas observam. Elas lhe representam perigo? Suas mentes aguçadas compreendem o que você escondeu além da cortina... Hoje aqui sentadas, poderão amanhã estourar uma revolução? O que você teme?
Esses pecados, serão todos verdadeiros? Como poderei resgatar minha alma após ter visto esse caminho? Estamos todos sendo enganados pelas mentiras ditas verdades? Por que se recusam a me abençoar se em minha memória não há crime registrado?
Houve um tempo em que rastejávamos pelos esgotos como vermes escolhidos pelo estigma. Mas nossos olhos se abriram para a verdadeira justiça. Acendam suas tochas, nós encontramos a tampa do bueiro!
Por que nos acusam como monstros? Por que nossas brincadeiras sexuais os chateiam? Estamos em todos os lugares, e a porta da casa da palavra foi fechada em nossos rostos. Pensem em nós, pensem em nós. Somos todos crianças atrás de um brinquedo. O que você teme? Amanhã estaremos estourando uma revolução.
Lacrem o bueiro. Fechem a porta. Somos apenas crianças, atrás de nossos sonhos negados. Nossas mentes aguçadas veem o que vocês esconderam atrás da bancada. Nós sabemos a verdade por detrás das mentiras camufladas de verdade.
Somos todos crianças atrás da inocência negada. Pensem em nós antes que tenhamos ido.
Um comentário:
No que pensavam, homem?
M.
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