Lançada a sorte, ele joga ao léu sua capa de cautela, ele se despe da certeza das projeções, mergulha o ego num gélido banho, evita que irrompam os limites espirituais as demonstrações de insegurança que o assolam.
Sábio, ele silencia todas as perturbações ao seu derredor, ele ordena que se aquietem as fanfarras conspiratórias da razão.
"Lançada a sorte, a razão perde o porte"
Lançada a sorte, é como a pedra arremessada de um salto inconsciente: restará aguardar os efeitos do ato inconseqüente.
Na platéia ele aguarda, excitado, sem a movimentação de um músculo. Torce, sofre e, ora sim ora não, vibra, sorrindo para sua consciência, refletindo se valerá o momento que a coragem lhe concedeu.
Lançada a sorte, (ele) tratará de tentar ser tão natural quanto a morte...
Nenhum comentário:
Postar um comentário