há papéis espalhados, desordenados, como as ideias. povoa o ambiente a nuvem espessa e aromática das xícaras de café derramadas e sorvidas pela alma. no canto da sala eu me escondo em meio à fumaça. há muito o que fazer, há muito o que ler. há muito o que pensar.
18 de dezembro de 2010
Língua, lóbulo, pescoço. Amor.
Escorre pelas pontas dos meus cílios o vapor do amor, me pertence todo esse corpo. Seu. O jogo está mais apavorante, eu estou no time da boa vantagem, o adversário me adora e há banquetes e flores em meus pés. Com sua língua meu corpo se faz vigoroso, mais água cai sobre as palmas das minhas mãos, estamos vermelho-azulados. Brilham na escuridão os olhos nossos, verdes, brancos, amarelos de suspeitos incensos. Me aperta e me enlaça com força, estou jogado sobre a face macia do seu bem querer. Me engole, me despe, e estou pendurado no gancho. À alta temperatura do forno, a vítima que espera o abate. Eu.
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Um comentário:
surreal, este
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