14 de julho de 2008

Por um fio

Deveria eu abrir o jogo com você?
Por quantas e quantas vezes eu não me enganei, pensando em fazer comigo o que seria melhor pra você...
Por quantas vezes não me desesperei? Tentei imputar a culpa em mim... e me moldar ao seu gosto...

Não existe culpa. Não existe pecado. Não existe escolha.

Deveria eu abrir o jogo com você?
E se eu abrir, o que vai fazer?

Você vai entender que não existe escolha?
Você vai olhar nos meus olhos e falar: estou ao seu lado nos bons e maus momentos?
Vai me dar a mão e me ajudar a levantar?
Vai me olhar com raiva?

Deveria eu abrir o jogo com você?
E se eu abrir, o que vai fazer?
Vai me olhar com desprezo?
Vai entender?

Irá se curar a ferida que vai se abrir?
Irá se abrir uma ferida?
Vou levar um tapa na cara?

Você me dá o espaço para eu colocar a verdade?

Vai se esconder? Vai fingir não saber? Vai querer escutar?

Vai conseguir me ouvir até o fim? Até a última palavra, até a última conseqüência?

E se eu abrir o jogo com você... o que vai fazer?

2 comentários:

Unknown disse...

os divãs tão cultuados na pos-modernidade possuem essa finalidade, a de sempre ser um local apropriado para dizer verdades...mas pq? pq nao se pode confiar no outro ou valer-se de confiança para que outros possam se abrir...

mas talvez muitos nem queiram se abrir, e nao que se fecham, apenas nao compreendem o mundo e a loucura que é viver neste tempo de contrastes e paradoxos...

o que acontece as vezes é q qremos falar d+ e ouvir muito pouco...

Anônimo disse...

Mostrar para o mundo quem é o seu eu verdadeiro é mais que um ato de coragem, é um ato de respeito a si próprio!
Se voce se gosta e um outro não gosta de voce, saiba que o mundo é assim - não podemos agradar a todos !
Ninguém possui a verdade absoluta e lembre-se de que quem hoje te dá um tapa na cara, muito em breve levará dois tapas pelas forças divinas !