3 de fevereiro de 2009

Aguardamos a paz com máscaras de gás

Feche a janela lentamente meu querido
Não queremos que eles entrem aqui
Haverá paz quando forem embora
E todo o choro cessará de uma só vez

Por quanto tempo mais iremos pensar
E nos postarmos nas janelas
Analisando a onda de massas frias a chegar
Se chocando com as quentes tardes de verão

As chuvas têm diminuído
Não era bem assim há uns anos
A frieza mascarada disseminada tem diluído
Não tenho me sentindo muito bem ultimamente

Feche a janela lentamente meu querido
Não queremos que eles entrem aqui
Haverá paz quando forem embora
E todo o choro cessará de uma só vez

As colchas brancas estão ficando manchadas
Há algo que não consigo identificar pairando no ar
Minha respiração está curta, as batidas espaçadas
É como se eu não tivesse me levantado hoje

Tem mudado muitos hábitos por estas bandas
Não parecia ser muito comum ver as luzes vermelhas
Quando subíamos nas árvores para catar mangas
E hoje eu só lembro vagamente o pôr-do-sol rosáceo

Feche a janela lentamente meu querido
Não queremos que eles entrem aqui
Haverá paz quando forem embora
E todo o choro cessará de uma só vez

Comumente víamos do paraíso os reflexos das ondas
Eles foram embora junto com as almas
E de lembrança os aviadores nos deixaram as bombas
Confesso que preferia as visões mais calmas

Agora à noite com a falta do rumo me confundo
Era mais fácil quando havia uma trilha a seguir
Vou pedir a Deus que me dê de volta o antigo mundo
Me incomoda usar as máscaras de gás para caminhar

Feche a janela lentamente meu querido
E todo o choro cessará de uma só vez

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