7 de agosto de 2010

Eu acho que só vim pra dizer um Adeus

Porque, agora, eu estou sendo jogado na lata de lixo. Mas ainda há uma espiral que me liga a você? Por que não a corta? Por que mantém esse jogo maldoso?


Era uma atração simples e real
Eram amores todos os dias
E não faltava carinho, e não nos deixávamos perecer
(Agora eu escrevo na chuva)

O momento escorria lentamente; gotas esbranquiçadas de luxúria e amor, mandávamos um ao outro
Havia cumplicidade, havia paciência, compreensão
Havia boa vontade

Agora eu desejo, eu ainda quero
Mas uma parede de gelo se formou sobre você
E eu me transformei em um amorzinho repulsivo
Por mais que tente, eu não atinjo mais o seu coração

Há um ponto delicado, em que você perdeu o que sentia por mim
E agora, esses formulários
Fumaça extinta, respirada novamente
Eu me descontrolo, eu tento, eu choro
Mas eu me tornei uma presença não presente
Invisível e decadente

Ainda há luz nos meus olhos, ainda há esperança em minhas mãos
E eu circundo você, eu estou balançando os braços
Essa é minha deixa, não poderei ficar para sempre
Eu continuo à sua espera

Antes tão conectados, e agora somos estranhos dormindo na mesma cama...

Eu estou na janela
Observando-te com um cigarro discreto entre os dedos
Estou anotando como gosto de suas expressões,
Estou registrando como o desejo a cada detalhe


O tempo passa, e essa frieza chegará a mim
Eu estou enviando os sinais,
E é preciso que você abra os olhos antes que seja tarde demais


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