15 de março de 2009

É um pouco tarde demais para pensar no futuro

Constrangendo aqueles que o amaram
O errante ignorante marcou seus passos
Ao redor dele, uma aura de medo
Dor intensa e insegurança o assombravam
E até hoje, quando tem a impressão de um lampejo
As nuvens carregadas o cegam e cobrem novamente sua visão

Homem desesperado
De atitudes inconseqüentes que beiraram a demência
A constante decadência
Onde fora parar sua decência?

Caminha solitário
Na estrada de piche quente
De sua boca saem fumaças intoxicantes
De seus olhos o olhar que condena
Que extrai a esperança do próximo
E contrai sua vida à rotina do ócio

Ele procura incansavelmente os braços da mãe
Sem conseguir enxergar com clareza à sua frente
E ele acredita sê-la aquele anjo reluzente
Mas já está tão tarde e frio
E nesse imenso vazio, pra onde ele partiu depois do golpe final
Não se acredita haver agora uma solução moral
Que satisfaça ao espírito insano do suicida
Uma vez tendo abraçado a morte
E deixado de lado sua vida

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