24 de março de 2009

Edição 41

Parece ser fácil
Tornar prático o que está escondido

Parece fácil me fazer rir...

(Você não sabe o que está perdendo)

Eu vejo nuvens
Brancas algodoadas circundando o poste
Abaixo delas árvores de folhas verde-douradas
É muito oxigênio que elas vão te tirar
E vê-lo-ei sem respirar

Parece ser fácil
Pensar-nos nessa interdependência
Vamos modificar o primeiro traçado
E forjar o que nunca foi inventado

(Você não sabe porque já deveria estar temendo)

Eu quero muito
(Muito, muito mais)
Quero o minuto
Quero a sua paz

Eu quero a voz
Quero senti-la na minha garganta
Possuí-la
Quero te ver rastejando
Mudo no chão

E não vai estar implorando...

Eu quero a vida
Quero ser a Quinta Avenida
Quero lhe causar inveja
Quero controlar seu pudor
Eu quero muito
(Muito, muito mais)

E por baixo da roupa que me traz
Há um espírito que me trai
Me dá voltas e me atrai
E eu não vou fracassar
No ideal sem ideal
No porquê sem motivo
Nas respostas desorientadas sem encontrar suas perguntas

Mais, muito mais

(Você está derretendo)

Eu não me vejo
O espelho deve estar quebrado
E se eu fraquejo
Está no chão meu corpo desmanchado
Estraçalhado pelos chicotes
Pelos tambores éticos

Parece fácil
Mas ao acordar já é manhã
Eu te sigo
Sem perguntar se você quer minha presença pelo caminho
Não pode me culpar
Se sou assim maníaco

Parece fácil
Mas ainda vão classificar

(Você vai adivinhar o que está parecendo?)

Mas a escada é curta
Eu vou subir mais
Quero enxergar mais
(Mais, muito mais)

Mais, muito mais...

Muito mais...

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